Interessante como a interpretação muda tudo,
né? E é claro que isso pode ser aplicado a toda e qualquer coisa na vida, mas
dessa vez, especificamente estou falando de uma canção.
Outrora já aconteceu com relação a vivência,
não compreender o que o autor queria dizer com o texto da canção até passar
pela situação que ele descreveu, pois é parece que só quem já passou sabe.
Mas o que estou falando aqui, agora é sobre
como apresentar as mesmas palavras com mesma melodia, mas com outra intenção
muda tudo. O que me causou essa sensação foi a versão de Ai que saudade d´ocê gravado por Zeca Baleiro.
A música é de Geraldo Azevedo e a versão que
eu conhecia era um baião na voz de Elba Ramalho, e até aí sem problema, mas
quando ouvi pela primeira vez a versão do Zeca fiquei impressionado com a
instrumentação, que apesar de mais simples gerou um clima tão intimista que me
chamou a atenção.
Não mais sanfona, zabumba e triângulo, característico
desse tipo de música brasileira, e o engraçado é que o Baleiro é nordestino,
logo seria verdadeiro se ele fizesse um baião mais contemporâneo, mas não... o
homem descaracterizou a canção, internacionalizando-a, quase um toque inglês na
utilização do piano.
Acontece que me agradou tanto a nova roupagem
que ouvi como se fosse a primeira vez e, acreditem se quiserem, compreendi o
texto e quando digo compreendi, quero dizer que a história ganhou vida, afinal
de contas como não se alegrar com isso:
“Não
se admire se um dia um beija-flor invadir, a porta da sua casa, lhe der um
beijo e partir. Fui eu quem mandou o beijo, que é pra matar meu desejo, faz
tempo que te desejo, ai que saudade docê.”
Quem já passou sente e sentir
faz toda a diferença, pois A VIDA É ESSA COISA BONITA QUE VOCÊ TÁ VENDO.
Aprecie sem moderação: Ai que saudade docê - zeca baleiro
Música liiiiiiiiinda, para escutar de olhos fechados pensando naquela paixão......
ResponderExcluirRealmente, só quem vivenciou uma situação assim entenderá seu relato Rê!!
Pois é Srita Winchester, quem já passou, sabe. Bj
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ResponderExcluirQuem dera fossem apenas as canções que nos provocasse esse tipo de sentimento, alguma coisa parecida com dejà vu. Na verdade acabamos nos identificando com as coisas justamente porque vivemos, triste seria se nada nos tocasse, se nada fizesse sentido nesse mundão de Deus. As letras das músicas são quase como as coisas que Deus escreveu, elas se renovam, elas estão lá quando precisamos delas, os autores dos livros que estamos lendo, sempre falam sobre as coisas que precisamos ouviu e isso é lindo. Eu costumo dizer que os autores são apenas um canal pelo qual Deus diz: eu estou escrevendo sobre você em todas as partes do mundo.
ResponderExcluirViva, porque não sabemos que parte da nossa história está sendo escrita por aí.
Bonita reflexão, Bih! Tem toda razão
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ResponderExcluirÉ realmente muito interessante o poder que certas músicas tem para nos tocar. Acredito que realmente uma nova roupagem, um ritmo diferente, arranjos e interpretações modificados influenciam muito, mas depende também do contexto vivido no momento... ouvir e sentir a música em toda sua extensão, seus detalhes... para cada indivíduo ela trará um significado e isso pode variar de acordo com sua história, com o que vive ou viveu... e muitas vezes as músicas parecem que foram escritas para contar algo sobre nossa vida... e o melhor é, não simplesmente ouvir, mas escutar e sentir com o coração. ..
ResponderExcluirExcelente, Dra. Ka, I agree
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