domingo, 1 de março de 2015

A música que emociona

  Cinema é uma arte que sempre me agradou muito e acredito que a vocês também, é impossível passar por essa vida sem desfrutar ao menos de algumas horas dessa maravilha de sensações múltiplas, afinal é (no mínimo) visual e auditiva, no entanto é o poder de emocionar da auditiva que mais me intriga nessa experiência.
 E é claro que a culpa desse efeito emotivo é das trilhas sonoras, aí eu lhe pergunto, qual é a que te marcou?
 Toco em cerimônias de casamento todas as semanas e garanto que elas estão presentes na vida das pessoas e chega a ser engraçado como algumas trilhas sonoras transcendem aos próprios filmes como no caso do belíssimo Forrest Gump (1994), que não é um romance, mas comumente utilizado para entradas devido seu caráter melódico e amoroso ou o drama Cinema Paradiso (1988)... ohh, filme lindo e emocionante Alfredo.
 Não caberia nessa publicação as tantas citações de trilhas maravilhosas, mas gostaria de exprimir minha preferência dentre tantos filmes e que me marcou pela beleza da trilha sonora como um todo, principalmente tratando de trilha original, ou seja, feito especialmente pro filme.
 O som do coração (2007), que trilha incrível e que cenas marcantes - embora ligeiramente utópicas....kakak - como quando August Rush, depois de ver um violão sendo tocado, inicia uma sessão de tapas extremamente musicais no instrumento e após apenas uma noite de treino está apto a tocar.
 Quem toca ou já tentou aprender tocar violão tem noção de como isso seria improvável, mas não tanto quanto a cena da sua execução no órgão de tubos após uma tarde de estudo autodidata....kakak 
 Bom... quem viu o filme, sabe do que eu estou falando, quem não viu... recomendo demais, pois fora essas demonstrações de musicalidade sobre-humana, a história é linda e a trilha sonora é um primor.
 E falar em trilha sonora incrível, hoje vi uma maravilhosa, a do filme Birdman (2014), principalmente para os amantes de jazz e em especial bateria.
 O filme já inicia com um belíssimo batuque melódico, que se estende em diversos momentos no desenvolvimento do drama e encerra os créditos.
 O autor de tal proeza, Antonio Sanchez e lhes afirmo como baterista, que foi uma das coisas mais bonitas e musicais de bateria solo que eu já ouvi... UAU!       O homem manja dos paranauês dos tambores e pratos. 
 Só uma pena não ter concorrido como melhor trilha original no Oscar, porque merecia viu. 
 Conseguiu transmitir com maestria os momentos de tensão do longa, todavia foi uma ideia brilhante e me surpreendeu positivamente, por um instante pensei estar assistindo Whiplash (2014), outro filme que estou louco para ver.
 Sobre o filme (Birdman) propriamente dito, bem... levou uma série de estatuetas Oscarianas pra casa e isso deve significar alguma coisa, afinal parece tratar de crítica com um humor altamente inteligente, mas para vocês, que como eu são apenas reles mortais, recomendo irem ao cinema abertos ao novo e bem despreocupado quanto a lógica do enredo, pois graças a última cena, saí sem entender se ele era um super heroi de fato ou um esquizofrênico, mas não vem ao caso, pois a verdade é que só os solos de bateria durante o filme já valiam a entrada, e de qualquer forma se colocar em contato com a arte já é em si uma experiência rica, então aproveite, pois A VIDA É ESSA COISA BONITA QUE VOCÊ TÁ VENDO.




Fotos: Renan Portnoy

Segue o link da trilha de Birdman, começa aos 5´00.
https://www.youtube.com/watch?v=lGm-53v8jrU


Esse está mais nítido, e pode acreditar é isso que você ouve e soa como trilha sonora para os conflitos existenciais de Birdman
https://www.youtube.com/watch?v=rkl3uPcU4xw

E olha que interessante ele explicando o processo de criação, nada melhor do que ter a visão do próprio autor. Expressar sensações e cenas por meio da bateria, eu mesmo, enquanto baterista não pensei que fosse capaz assim racionalmente
https://www.youtube.com/watch?v=cO7iZ-2B7t8


2 comentários:

  1. É incrível ver que as pessoas tem visões completamente diferentes sobre um mesmo acontecimento. Tive o privilégio de estar ao lado do Renan.Portnoy ao assistir Birdman, porém não sou musicista, não sei tocar nenhum tipo de instrumento, apesar de eu achar essa uma das obrigações da minha vida que eu ainda preciso cumprir. Juro que entrei e saí sem entender nada e claro, como uma boa dançarina, achei a musicalidade muito pesada, nem me toquei que se tratavam de solo de bateria, a única coisa em que eu conseguia me concentrar era na dor de cabeça causada pela intensidade do som, claro, pois eu nunca passei por uma adaptação auditiva se tratando de bateria, e hoje, lendo este post pude perceber que desenvolvemos opiniões totalmente diferentes sobre o mesmo filme e talvez, por ser menos sensível a cultura eu não tenha notado a beleza disso tudo, provavelmente se fosse uma postagem redigida por mim, eu diria que não recomendo, mas mudei de opinião no meio da leitura, porque percebi que a experiência é muito pessoal e que isso é sensacional.

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    1. Bonita reflexão sobre o tema, hein Bih London, parece que somos irmãos mesmo...kakakak

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