domingo, 1 de março de 2015

Levantar e recomeçar

 Interessante como muitas vezes nos enganamos com relação a nossas capacidades.
 Já teve a certeza de ser capaz de fazer algo e de repente se depara com a limitação física? E quando digo limitação física, me refiro a habilidade mesmo, logo não tem a ver com ser capaz ou não de realizar, pois acredito que se trabalharmos em conjunto com o nosso cérebro, somos capazes de qualquer coisa (PIER, 2013), mas falo de treino e preparo.
 Quem nunca pensou ser um ótimo dançarino só por ver alguém dançando e teve a certeza de que se se propusesse a fazer, sairia rodopiando e sensualizando com tal arte inata....kakak  
 Mas a realidade raramente é assim, pode existir realmente uma compreensão mais rápida sobre determinado movimento ou seja lá o que resolver fazer, mas a prática é o que nos aproxima do primor.
 Resolvi ter um domingo diferente e misto entre cultural e esportivo, se bem que o esportivo poderia considerar cultural, pois nos pusemos em contato com os costumes e hábitos de um grupo muito interessante de pessoas, os esportistas urbanos.
 Então levei minha irmã para um passeio vespertino no Parque e de quebra ainda sugeri que retomássemos uma prática antiga, andar de patins.
 Lá chegando, providenciamos o equipamento, como fazia muitos anos que não praticávamos, resolvemos encontrar um lugar mais ermo para calçá-lo e iniciar o trajeto e até aí tudo bem.
 Mas quando eu subi no lombo do bicho foi que eu vi a coisa feia... não sei como é possível, mas não havia mais o menor entendimento sobre sua utilização e parar de pé já foi um desafio grande para ambos....kakak
 Nos primeiros 15 minutos, alcançamos a marca de 2 tombos de bunda, mas não desistimos, afinal de contas, ver uma criança de 7 anos andar fluentemente nos serviu de incentivo e gradativamente fomos relembrando, reaprendendo os movimentos e nos acostumando com a sensação de instabilidade e busca do equilíbrio próprio (honorável gafanhoto...kakak).
 Em mais alguns minutos e já foi possível um passeio pelo parque e aí nos deparamos com a dura realidade da falta da prática, vejam como somos vulneráveis e frágeis.
 Uma experiência dessas evidencia a importância do exercício de uma habilidade a fim de mantê-la e, sobretudo nos mostra a necessidade de se ter humildade para recomeçar, com calma e atenção, passo a passo, sem vergonha de errar ou cair, pois não é vergonha aprender, vergonhoso é se manter ignorante por medo de errar.

 Se cair não se envergonhe, afinal de contas A VIDA É ESSA COISA BONITA QUE VOCÊ TÁ VENDO.






Fotos: Bianca Moraes e Renan Portnoy

Um comentário:

  1. Muitas vezes desistimos daquilo que queremos por achar que somos incapazes de realizar... temos uma força interior absurdamente capaz de nos fazer ir além... e outra coisa a se comentar dessa sua reflexão é a persistência...
    Trazendo para a realidade da vida vale a cada queda levantar com ainda mais vontade de chegar ao seu objetivo... seja ele algo deixado para trás ou algo novo a se conquistar...

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