sexta-feira, 13 de março de 2015

Som nada ambiente

 Música é um trem bom demais da conta, se bem que eu sou suspeito pra falar a respeito, músico e não bastando, multi-instrumentista de tanto que me intriga a mais bela das expressões humanas (puxar sardinha de leve...kakak).
 Claro que não sou nenhum gênio, diria que sou um desses músicos triviais que você encontra em qualquer esquina, mas a questão é que gosto de verdade, do fundo do coração, mas sabe uma coisa que não sou muito fã? Bar com música ao vivo. calmmaaaa.... nem tudo é ruim, mas vou apresentar o que me faz desgostar de tal evento.
 Por muitos anos da minha vida adulta jovem eu toquei em bares e, de verdade, foi uma experiência ótima, repertórios de 4 horas contribuíram sobremaneira para meu aprimoramento, vivência e conhecimento musical, pelo menos no que se refere a repertório em si, em especial MPB e Pop/rock.
 A questão é que quando se está tocando, você está preocupado em fazer algo de qualidade para agradar as pessoas que ali estão, masss ultimamente tenho tido essa experiência do outro lado da moeda, como espectador e na boa.... não curti muito.
 Não estou me referindo aos sofisticados pubs gringos daqui de SP, ali sim o som é classe média altíssima, mas vamos combinar que a cerveja é só pretexto para ouvir som de excelente qualidade.
 Todas as vezes que fui, fiquei muito impressionado com a qualidade das bandas que se apresentaram e os equipamentos de som das casas são um espetáculo a parte, mas me refiro aqui a bares e restaurantes onde o foco é comer e conversar, aqueles que não tem infraestrutura para música.
 Pois bem, ao fim de um dia cansativo de.... não fazer quase nada em casa, uma vez que estou de férias,  resolvo visitar um dos picos tops de açaí que eu conheci no agitado bairro da Fraguesia do Ó e até aí tudo certo, mas chegando em frente a entrada do charmoso bar caiçara metropolitano...
 Eissss que ouço o som de um violão, aí você me diz: Nossa Renan e qual é o problema? E eu educadamente lhe respondo: EU ESTAVA HÁ UM QUARTEIRÃO DA ENTRADAAAAA....
 Como estava com muita vontade de tomar um açaí e o de lá é ótimo, me aventurei a entrar, encontrei uma mesa muito agradável, relativamente longe da caixa de som e depois de alguns minutos eu acabei me adaptando ao ambiente, mas pra se ter a noção exata do ocorrido vou citar o gênero musical: Sertanejo universitário – o maissssss gritado dos últimos tempos, e o cantor não era ruim não, cantou direitinho, tocou muito bem, até me surpreendeu quando mandou um Natiruts e um Detonautas Rock Club (caracasss, recordei minha adolescência pré-baterística).
 A questão era a altura do som naquele espaço, nada preparado praquilo, sem contar que não se entendia nada do que ele falava nos intervalos entre as músicas, o que eu considero muito perturbador.
 Enfim, acabou sendo um fim de noite muito agradável, mas extremamente gritado para se conseguir ter algum tipo de diálogo naquele lugar e aqui deixo meu pedido a todos os donos desse tipo de estabelecimento, muito louvável a ideia de se oferecer música ao vivo, mas contanto que soe ambiente, ao fundo, pois quando ele parou de tocar entrou uma seleção maravilhosa de Elvis Presley quase inaudível que chegou até a alegrar meu coração.

 Mas é isso, encontrar amigos e sair pra conversar é bom demais, comer algo que você estava com vontade, delícia, gritar para poder ser ouvido numa conversa é desconfortável e irritante, mas ahhhh e daí, o importante é viver e se adaptar, afinal de contas A VIDA É ESSA COISA BONITA QUE VOCÊ TÁ VENDO.

Que beleziiiinha de criança... AHH!!


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