Música é um trem bom demais da conta, se bem
que eu sou suspeito pra falar a respeito, músico e não bastando, multi-instrumentista
de tanto que me intriga a mais bela das expressões humanas (puxar sardinha de
leve...kakak).
Claro que não sou nenhum gênio, diria que sou
um desses músicos triviais que você encontra em qualquer esquina, mas a questão
é que gosto de verdade, do fundo do coração, mas sabe uma coisa que não sou
muito fã? Bar com música ao vivo. calmmaaaa.... nem tudo é ruim, mas vou
apresentar o que me faz desgostar de tal evento.
Por muitos anos da minha vida adulta jovem eu
toquei em bares e, de verdade, foi uma experiência ótima, repertórios de 4
horas contribuíram sobremaneira para meu aprimoramento, vivência e conhecimento
musical, pelo menos no que se refere a repertório em si, em especial MPB e Pop/rock.
A questão é que quando se está tocando, você
está preocupado em fazer algo de qualidade para agradar as pessoas que ali
estão, masss ultimamente tenho tido essa experiência do outro lado da moeda,
como espectador e na boa.... não curti muito.
Não estou me referindo aos sofisticados pubs gringos
daqui de SP, ali sim o som é classe média altíssima, mas vamos combinar que a
cerveja é só pretexto para ouvir som de excelente qualidade.
Todas as vezes que fui, fiquei muito
impressionado com a qualidade das bandas que se apresentaram e os equipamentos
de som das casas são um espetáculo a parte, mas me refiro aqui a bares e
restaurantes onde o foco é comer e conversar, aqueles que não tem
infraestrutura para música.
Pois bem, ao fim de um dia cansativo de....
não fazer quase nada em casa, uma vez que estou de férias, resolvo visitar um dos picos tops de açaí que
eu conheci no agitado bairro da Fraguesia do Ó e até aí tudo certo, mas
chegando em frente a entrada do charmoso bar caiçara metropolitano...
Eissss que ouço o som de um violão, aí você me
diz: Nossa Renan e qual é o problema? E eu educadamente lhe respondo: EU ESTAVA
HÁ UM QUARTEIRÃO DA ENTRADAAAAA....
Como estava com muita vontade de tomar um açaí
e o de lá é ótimo, me aventurei a entrar, encontrei uma mesa muito agradável,
relativamente longe da caixa de som e depois de alguns minutos eu acabei me
adaptando ao ambiente, mas pra se ter a noção exata do ocorrido vou citar o
gênero musical: Sertanejo universitário – o maissssss gritado dos últimos
tempos, e o cantor não era ruim não, cantou direitinho, tocou muito bem, até me
surpreendeu quando mandou um Natiruts e um Detonautas Rock Club (caracasss,
recordei minha adolescência pré-baterística).
A questão era a altura do som naquele espaço,
nada preparado praquilo, sem contar
que não se entendia nada do que ele falava nos intervalos entre as músicas, o
que eu considero muito perturbador.
Enfim, acabou sendo um fim de noite muito
agradável, mas extremamente gritado para se conseguir ter algum tipo de diálogo
naquele lugar e aqui deixo meu pedido a todos os donos desse tipo de estabelecimento,
muito louvável a ideia de se oferecer música ao vivo, mas contanto que soe
ambiente, ao fundo, pois quando ele parou de tocar entrou uma seleção
maravilhosa de Elvis Presley quase inaudível que chegou até a alegrar meu
coração.
Mas é isso, encontrar amigos e sair
pra conversar é bom demais, comer algo que você estava com vontade, delícia, gritar
para poder ser ouvido numa conversa é desconfortável e irritante, mas ahhhh e
daí, o importante é viver e se adaptar, afinal de contas A VIDA É ESSA COISA
BONITA QUE VOCÊ TÁ VENDO.
Que beleziiiinha de criança... AHH!! |
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