domingo, 21 de fevereiro de 2016

Cuidado com o que teme!!

Trabalhar domingo... meu! De verdade.... do fundo do meu coração, começando a ficar preocupado, parece que tudo que eu não queria na vida aconteceu comigo no último ano.... DEUSULIVRE!
Desde a adolescência eu decidi que seria artista, ou melhor, músico e, embora não tenha sido nada fácil no início, eu fui atrás do meu sonho e assim eu vivi por 11 anos. Interessante porque meu pais não me proibiram, mas também não sabiam dizer como fazer, não havia histórico de músicos profissionais na família, logo fui obrigado a percorrer minha própria odisseia homérica e nesse percurso tive altos e baixos, mas sempre fazendo o que gostava.
Meu pai sempre foi funcionário público e, portanto, para minha família estabilidade empregatícia sempre foi uma premissa, então passei a adolescência e início de vida adulta ouvindo o seguinte discurso enfático: - Primeiro você se torna funcionário público, depois você toca o que quiser e com quem quiser. Claro que sempre repudiei tal assertiva, pois eu era artista, precisava de liberdade para criar, flexibilidade, viver da minha arte, queria viver na estrada e quiçá até tocar para algum cantor de renome nacional. 
Bem nesse época surgiu o sertanejo universitário e eu tinha certeza de que seria o baterista de nomes como Fernando e Sorocaba ou Jorge e Matheus que estavam bem no começo. Óbvio que não deu certo, embora tenha acompanhado duplas bem promissoras da região de Jundiaí, mas que não despontaram no cenário sertanejo. Então me vi tocando com duplas menores e complementando o orçamento com aulas de bateria em escolas de música da região, o que me rendeu um currículo bem interessante e que foi muito útil no futuro, mas a questão é que eu não vivia tocando como queria.
Aí no auge dos meus 23 anos eu resolvi que precisava ter uma profissão para ser apresentado como um partido no mínimo medíocre para futuros sogros, né? Então prestei concurso para a Guarda Municipal de Santana de Parnaíba - detalhe, meu pai era Policial Militar, logo as forças nunca me atraíram enquanto músico...kkk - e quando tive a graça de passar no processo seletivo de 7 fases fui designado para a banda.
Imagina a minha surpresa, pois quando eu desisti da música e resolvi ter estabilidade num emprego comum a música me escolheu de novo e assim eu vivi durante mais 6 anos e meio sendo um músico concursado (o que nem sabia que existia) e minhas atribuições eram estudar música e tocar.... como assim? Isso eram coisas que eu fazia muitas vezes até de graça em função do prazer que eu sentia realizando meu sonho de viver da música. No decorrer desses anos outros projetos paralelos surgiram , dentre eles: dar aula de violino e bateria (o que eu era capacitado e com experiência em função das aulas na adolescência), logo após surgiu um projeto de banda com vocalista em que eu fiquei responsável por ter tocado na noite e por fim sobrou até o vocal da banda pra eu tocar o que bem entendi e isso foi muito astral, quebrei todos os paradigmas do uniforme cantando de: Te levar (CBJr) até Lepo Lepo (sei lá quem canta isso.....kkk) uma fase bem divertida e estava tudo rolando bem até uma tragédia e a extinção do setor.
Pois bem agora eu retomo o gancho do início de que eu ficando preocupado com meus medos da vida, pois pasme, hoje eu trabalho no operacional da guarda (1), ou seja, viatura rondando as ruas - como meu pai fazia na polícia quando eu sonhava em ser músico, que ironia (kkkk) - acabei me tornando o que ele queria que eu fosse; outro ponto era a casa, eu... desde criança sempre vivi em obras (dos meus pais), então queria comprar uma casa pronta, mas pra quem é funcionário público e não possui fundo de garantia essa é uma questão bem complexa (se você é, sabe do que eu estou falando...kkk); Resumidamente, acabei construindo (2) minha casa com meu pai; Outrossim: sempre gostei de metrópole e ... fui morar numa zona rural (3) praticamente (kkk); Nunca gostei de mato no quintal e tenho praticamente mais um terreno só de mato crescendo (4) na parte de trás da minha casa (kkk); Vi um caso de um tio meu na minha adolescência sobre perder a mulher ideal pra ele e quando chegou na minha vez, adivinhaaaaaa???? Perdi também (5).
Enfim, tirando esse medo que citei num tom de ironia, nem tudo está acabado. Posso até dizer que no fim das contas mesmo tudo tendo saído diferente do que eu imaginava ou queria a vida tá boa, sabe? Tô feliz com minhas conquistas e descobri que sou bom em coisas que eu fugi durante toda minha trajetória e embora não ganhe pra estudar música ainda tenho os amigos que fiz enquanto músico e os projetos que sempre rolam e os casamentos pra tocar, sem contar que nunca deixarei de ser músico, pois é parte de mim e formou quem eu sou, portanto, mesmo que as coisas não aconteçam como você queria continue acreditando, pois no final A VIDA É ESSA COISA BONITA QUE VOCÊ TÁ VENDO. 

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Motivacional pro sofá desse feriadão

Carnaval, astral total, todo mundo no universo (as pessoas normais, é claro) de folga em casa, viajando, na praia, chácaras e afins, mas não eu, por que? Porque não sou uma dessas pessoas normais (kkk), mas tudo bem, não vou chorar, tampouco xingar, acordei às cinco da manhã num período em que a maioria das pessoas estão indo dormir, afinal é carnaval! Mas tudo bem, curtindo, legal (SQN...kkk)

O legal disso são as possibilidades e eu gosto dessa parte da vida, porque eu aprendi com um guru americano chamado Carl Allen (Jim Carrey no filme Sim Senhor)...
(Parênteses para dica de filme antigo para esse feriado de carnaval)
Meu! Já viu esse filme? Maravilhoso, um motivacional incrível; Eu sou suspeito quando o assunto é comportamento e autoajuda, porque gosto do gênero e sei que muuuuuitos detestam, acham meio bosta, que é coisa de gente com depressão [ agora seja sincera(o) comigo, quem de nós que não vive um estágio mínimo se quer de depressão, hein? Eu devo ter], mas não tem como não se deparar com uma situação das apresentadas na vida real.
Geralmente são casos de pessoas que como nós (ativistas sem causas) passavam pela vida sem aproveitar nada, no automático, cumprindo a tríplice chatice: trabalho/ estudo/ casa ou a bi semgracice: trabalho/ casa e tudo bem, porque o fato de ler algo motivacional não vai te tirar dessa condição, mas o que acontece é que geralmente esses textos te fazem refletir sobre sua jornada terrestre (kkk)  e como o trajeto é o fundamental, portanto se faz necessária uma mudança de prisma e ao invés de cumprir obrigações insuportáveis esperando o dia de folga, passemos a aproveitar o agora, enquanto as cumprimos da melhor maneira possível saboreando a paisagem (a não ser que você seja porteira(o) e trabalhe numa guarita fechada, mas aí você arruma um poster com uma bela paisagem e aproveita também).
(Retomando...)
Dizia que o pode ser, pode ser muito bom... [slogan do melhor refrigerante de Cola do universo] e que o que ocorre (ficou bizarro isso...kkk) é que quando você se abre ao que o universo colocou pra ti pode dar muito certo, embora sempre exista a possibilidade de dar merda, pois nem tudo é como nos filmes, na verdade, pros menos otimistas, quase nada é como nos filmes, mas quando dá certo é muito astral, veja meu caso ontem e hoje:
Ontem - Eu acordei com a certeza de que iria trabalhar com muito sono e debaixo de um sol apocalíptico, satânico (porque seja honesto comigo, não tá rolando esse clima, sério. Partiu inverno canadense) e de repente acabei numa sala com ar condicionado, quer surpresa boa assim?
Hoje (eu acordei me veio a falta de você) - vou começar explicando o ontem a noite, pois chego em casa após um dia de trabalho e de repente muda o tempo: do calor apocalíptico a uma nuvem de lágrima sobre os meus olhos, coisa de filme, tipo uma magia caindo sobre Storybrooke (Once upon a time), saca? Então se inicia a chuva e, que delícia, depois de um dia de calor uma chuva no telhado (tá... parei de citar música brega), aí queima meu roteador e isso já é bem chato pra quem mora na roça num dia de chuva, mas Senhoras e Senhores a vida é uma caixinha de surpresas para Joseph Climber e então, acaba a energia às 20h45 no ápice da noite... então fui obrigado a tomar banho gelado, no escuro e a pousar mais cedo... aí você me diz: Viu, Renan - seu trouxa, cadê a vida bonita agora? E a resposta é (pasme): Eu acordei hoje às 5h sem sono algum, como se fosse às 10h em dias normais.... impressionante, né? Acabei tendo um dia de trabalho muito tranquilo por falta de sono.

Claro que parece que essas coisas tem uma condição: só rolam quando você está de coração aberto, tipo inocente; como o encantamento da Pedra Filosofal (Harry Potter) em que só podia tê-la quem não a quisesse usar, louco isso, né? Às vezes é o que acontece, se você cria expectativas com relação a uma determinada coisa, naturalmente há peso, agora, se você deixa acontecer será sempre surpreendente.


Não estou te dizendo pra não fazer planos na vida (mesmo porque eu faço muitos planos, sou um pouquinho sistemático, coisas pouca, viu... quem me conhece, sabe!), mas pelo menos com relação aos resultados, deixe acontecer e se adapte ao que o universo lhe proporcionar, você também pode ter surpresas agradáveis, afinal de contas A VIDA É ESSA COISA BONITA QUE VOCÊ TÁ VENDO.