segunda-feira, 2 de março de 2015

A matemática do amor

 Interessante como a ciência, arte e afins realmente podem ser usadaas em função de retratar a realidade de um determinado comportamento humano ou uma realidade social.
 Semanas atrás tive que preparar uma aula sobre Expressões Numéricas e na minha concepção era um tema extremamente elementar na matemática, mas isso pensando matematicamente, agora se analisarmos esse conteúdo aplicado a profissionais de outras áreas pode não ser tão óbvio assim.
 Em forma de brincadeira enviei uma expressão daquelas cabeludas para uma amiga e perguntei a resposta, ela prontamente me disse que precisaria de muitas folhas de papel para resolvê-la.



 Resumidamente, a expressão toda está elevada ao expoente zero, logo seu resultado é 1.
 De forma divertida, mas ainda assim indignada ela me pergunta: "Onde usamos isso na vida?, pelo amor de Deus... tantos números para nada" e então eu respondi:
 Em tudo, UAI! Pra começar, na vida, o homem vê uma mulher, eles trocam olhares, sente O frio na barriga, a conhece, conversam, se beijam, a namora, noiva, compra casa, móveis, troca de carro, diz que a ama todos os dias, tem filhos, e... num dado momento ela a trai.
 Pronto, toda essa expressão de afeto, carinho, amor, cumplicidade, união e completamento, acaba de ser elevado a zero. Então ele acaba só (= 1).
 E o mais interessante é a perspectiva, pois quando você é de outra área e olha praquela montoeira de operações com símbolos, você é como alguém que está vendo o caso sem conhecer as partes e enxerga a beleza do caminho, a grandeza das ações, a intensidade do sentimento, mas pra quem é matemático, estava lá dentro e viu acontecer, o fim explica todo o contexto e não importa o quanto se olhe para trás, o expoente zero acaba com tudo.
 Engraçado como a matemática consegue sintetizar todo essa realidade da vida em números, agora diz pra mim que não foram eles (os números) que originaram tudo? Eu sou suspeito a falar, sou  Pitagórico de coração, mas lendo isso contextualizado até que faz sentido mesmo, né?
 A matemática do amor está sempre elevada a algum expoente, cuidado para não zerar,  afinal de contas A VIDA É ESSA COISA BONITA QUE VOCÊ TÁ VENDO.


2 comentários:

  1. Olá Pitágoras! Como assim vc tem um blog e não me diz? Sabendo que vou gostar de ler seus textos, porque sim, esse texto está incrível, é praticamente uma matemática poética da vida!
    Bjos

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    1. Mihh!! Arquiteta geek, nerd qualidade diferenciada...kakak, muito obrigado pelo apoio e que bom que gostou. BJSS
      AH!! Já tá intimada pra me mostrar algum lugar incrível aqui em Parnaíba para eu escrever a respeito.

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