Que dia mais
inusitado em toda minha, ainda, curta vida...
Hoje oficialmente fiz parte da história do belíssimo município de Santana de
Parnaíba e de quebra tive uma prova do poder de uma classe unida.
Como publiquei
anteriormente, retornei ao trabalho ontem e impressionantemente, a noite
inicio-se a paralisação da classe a qual pertenço: Guarda Municipal. Os
motivos e afins vou deixar por conta da imprensa especializada que já deve ter transmitido
isso nas diversas mídias, o que vou tratar aqui é da experiência de participar
desse acontecimento.
Durante a vida sempre
vi os noticiários retratando as paralisações das diversas classes trabalhistas
e até aí tudo bem, afinal parecia algo utópico, pois por mais real que seja, você
não está diretamente envolvido, não altera significativamente a sua vida, não
há o empirismo em si. Hoje eu senti na pele o que é uma classe inteira
mobilizada em prol de um objetivo e vou
te falar um negocinho pra vocês meus amiguinhos, chega a ser inacreditável
ver uma figura de poder e autoridade totalmente despida desses atributos e se
tornar uma pessoa comum. Sério, é chocante
como no fim um homem é só um homem.
Mas uma das coisas
mais interessantes nessa paralisação foi ver a reação da população, pois se os professores
ou os metalúrgicos fazem greve, a polícia intervem resguardando o Estado, mas
agora, e se a POLÍCIA para, quem protege o Governo?? A resposta seria rápida se
pensar em âmbito nacional, sendo a resposta: o Exercito Brasileiro (Dãrrrr), mas
aqui, caros Druguinhos, é apenas um município, e um município que possui 500
guardas e 50 policiais militares, aí eu te pergunto novamente: Se a Guarda
resolve parar, quem protege o Legislativo??...kakak Foi um momento muito titãs:
“Você também é explorado: FARDADO. Ponha-se no meu lugar, ponha-se no seu lugar
[...].”
Claro que com isso
não quero dizer que se tratou de algum golpe ou que a integridade física de
alguém foi prejudicada, pois não foi. Apenas uma manifestação pacífica em busca
de uma resposta, que seria facilmente encerrada se tivesse recebido a devida atenção
de uma única autoridade competente. Outro ponto ótimo foi o apoio da população
que passava e proferia palavras de incentivo a ação da Guarda.
Resumindo - foi uma experiência
muitíssima rica pra minha vida e recomendo a quem tiver possibilidade, não a
greve em si, mas pertencer a uma massa capaz de imobilizar as autoridades.
PS.: Título motivado pelo brado do meu amigo e companheiro de trabalho: Bacana!!
Essa foi só a ponta do iceberg |
Olá Caro Renan! Legal seu relato sobre sua experiência mas gostaria de expressar a minha opinião sobre "classe unida" que me parece mas uma articulação, manipulação e o efeito da alienação cultural, politica ou qualquer termo que possa ser usado pelos responsáveis da manobra.
ResponderExcluirTem uma parábola que gosto que é a dos cegos e do elefante, afinal "problemas comuns unem".
http://www.possibilidades.com.br/parabolas/cegos_elefante.asp
Um abraço!
Caro Anônimo, agradeço a contribuição e a perspectiva sobre alienação, é realmente importante analisar todos os pontos, principalmente quando se trata de comportamento coletivo.
ResponderExcluirNo post realmente não tive a intenção de tomar partido, foi um relato de experiência como o Sr. bem percebeu.
Nesse movimento todo que está ocorrendo na cidade, por mais que não pareça, não tinha interesse real, mas infelizmente meu setor é o Severino da corporação e mesmo parecendo bonito ser pau pra toda obra, uma hora cansa e nossa participação se deu por conta disso, basicamente.
Enfim, muito obrigado por ler, escrever e por me permitir esse momento de desabafo, porque agora falei pela minha humilde classe musical inserida nesse caos.