Dia lindo... sol pela manhã, chuva no início da tarde (ohhh delícia, bonito de se ver e de se sentir, depois de tanto sol e calor escaldante nesses últimos meses).
Tracei e executei meu plano de contemplação da metrópole que consistia em encontrar companhia corajosa o suficiente para a empreitada, dirigir até o bairro de Pinheiros, (já lhes disse que gostei demais desse lugar? Pois bem, gostei mesmo), estacionar numa ruazinha bem aconchegante e familiar, caminhar de guarda chuva até o metrô, coincidentemente linha amarela....kakak, e de lá segui com destino a estação Trianon onde me deparei com a beleza do edifício do SESI, tem como não sorrir e/ou abrir a boca num movimento de olhá-lo debaixo a cima? E tem gente que acha que tais construções são aleatórias, ohh ingenuidade, graças a um trabalho de pesquisa que ajudei uma amiga a fazer tive contato com a proposicionalidade das criações arquitetônicas e seu impacto sobre o meio e o homem, realmente fascinante o poder de uma calçada larga ou um parque na constituição do comportamento do homem, enfim...
Após ficar boquiaberto e feliz com a grandeza de um dos símbolos arquitetônicos de SP me deparei com uma fila voluptuosa em seu interior, motivo? Leonardo da Vinci, ou melhor, a exposição sobre seus escritos, suas invenções e sua arte.
Confesso que tenho repúdio a filas, de qualquer espécie, mas me obriguei a enfrentar 1 hora de espera e valeu a pena.
Belas réplicas em escala reduzida, mas que deixa clara a genialidade, a criatividade e a observação aguçada dos seres vivos, uma vez que uma boa parte da exposição destaca seu olhar engenhoso para a biologia a fim de capturar e reproduzir os complexos mecanismos de movimento dos seres voadores como pássaros, abelhas e afins. Sempre que vejo algo de inteligência grandiosa eu penso: Ainda bem que a humanidade não necessita dos meus conhecimentos para evoluir, senão estaríamos todos perdidos....kakak. Mas o homem estava muuuito a frente de seu tempo, é impressionante a adaptação que faz da biologia para a engenharia mecânica.
Dentre outras coisas: engenheiro, inventor e sobretudo artista, porque é preciso muita sensibilidade para apreciar e notar a complexidade das coisas simples da vida e ele o fez com maestria.
Visitar essa exposição é encontrar-se com o Criador, com a grandeza de um Deus minucioso com sua criação e seu funcionamento, portanto diria que, embora extremamente científico, é praticamente um passeio Gospel...kkkk, poderia claramente substituir um domingo de estudo bíblico e ainda sim seria bastante edificante no que se refere a criação.
Recomendo demais da conta, afinal de contas, encontrar-se com o seu Deus é compreender que a VIDA É ESSA COISA BONITA QUE VOCÊ TÁ VENDO.
Fotos: Renan Portnoy e Leticia Roj