quinta-feira, 19 de maio de 2016

SOBRE O TEMPO (Nenhum de Nós)

Naturalmente eu já vivo perdido no tempo entre dias da semana e dias do mês e se não fosse a agenda do meu celular provavelmente não cumpriria um terço dos meus compromissos, mas ultimamente eu de parabéns com meu desencontro de vida, não porque tenho deixado de viver, mas porque como plantonista eu fico numa situação delicada e vou explicar pra tentar justificar (ao menos pra mim mesmo) a minha displicência com as oportunidades da vida.
O dia que saio do plantão é sempre sexta-feira (ao menos minha mente reconhece assim, pois é o dia que ao findar o expediente eu somo a noite + o outro dia de folga e se pensarmos como diaristas de segunda a sexta – como sempre fui outrora – é como se caracteriza o último dia de trabalho da semana), logo o astral toma conta de mim, afinal (contradizendo LULU): “Todo mundo espera alguma coisa de uma sexta-feira à noite” (e acho que ele não escreveu isso porque não era métrico pra frase da música dele ...kkk), mas o que ocorre é que não consigo mais adentrar a noite com tanta energia assim em função de ter acordado muito cedo, aí vem meu sábado, ou seja, o dia de folga e.... eu costumo acordar num horário intermediário entre o prazer e a culpa (sim, essa dicotomia me aterroriza, pois se você dorme demais – até meio dia – há o prazer do repouso, por outro lado existe a culpa de ter desperdiçado praticamente metade do seu dia de folga), portanto, entre 9 e 10 horas da manhã e isso é maravilhoso, quiçá a melhor parte do dia, mas aí vem a parte delicada novamente.
Como nesse regime de plantão geralmente as folgas são no meio da semana, as pessoas normais, diaristas e felizes da vida estão trabalhando o que impede qualquer tipo de programação matutina ou vespertina, restando-me somente a noite e diferente da Tiê “[...] quando chega a noite” eu consigo dormir, ou melhor, eu sou obrigado a dormir, se não por vontade, por antecipação da culpa em função do sono do dia seguinte, portanto, eu durmo (teoricamente) cedo o que me impossibilita qualquer tipo de programação tardia.
Resumindo, quando eu saio do plantão eu tenho disponibilidade de tempo e vontade, mas geralmente o corpo não acompanha a empolgação, e no meu dia de folga que estou descansado (não que meu trabalho seja árduo assim) e sem sono não posso sair porque minha consciência do dia seguinte me impede, meu superego geralmente me mantém na linha.
Após essa explicação acerca da rotina de um plantonista eu te digo: E a vida social fica onde? Fica entre às 19 e 23 diariamente o que seria suficiente analisando friamente, afinal 4 horas separadas para a vida por dia parece até saudável (1/6 do dia), massss aí vem academia, dança, inglês, viagens para a casa dos pais e por mim tudo bem, afinal “[...] são minhas escolhas Harry”, mas tratando-se de compromissos com instrução e manutenção pessoal, concluo que a vida social é prejudicada.

Então cá estou tentando me adaptar e equilibrar essa rotina com a modalidade de viver em sociedade, interagindo com pessoas nas horas de folga, embora eu tenha burlado o sistema e sanado essa necessidade durante os compromissos, porque definitivamente difícil esse tal de horário livre, mas “[...] enquanto houver saúde e você do outro lado aqui do outro eu consigo me orientar” (TM), né? É! E não vou nem reclamar, pois as 24 horas são as mesmas para todos nós, logo minha administração que é falha, mas vou tentar acertar o ponto de doce da minha limonada afinal A VIDA É ESSA COISA BONITA QUE VOCÊ TÁ VENDO!

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