Naturalmente eu já vivo perdido
no tempo entre dias da semana e dias do mês e se não fosse a agenda do meu
celular provavelmente não cumpriria um terço dos meus compromissos, mas
ultimamente eu tô de parabéns com meu
desencontro de vida, não porque tenho deixado de viver, mas porque como
plantonista eu fico numa situação delicada e vou explicar pra tentar justificar (ao menos pra mim mesmo) a minha displicência com as oportunidades da
vida.
O dia que saio do plantão é
sempre sexta-feira (ao menos minha mente reconhece assim, pois é o dia que ao
findar o expediente eu somo a noite + o outro dia de folga e se pensarmos como
diaristas de segunda a sexta – como sempre fui outrora – é como se caracteriza
o último dia de trabalho da semana), logo o astral toma conta de mim, afinal
(contradizendo LULU): “Todo mundo espera alguma coisa de uma sexta-feira à noite” (e acho que ele não
escreveu isso porque não era métrico pra frase da música dele ...kkk), mas o
que ocorre é que não consigo mais adentrar a noite com tanta energia assim em
função de ter acordado muito cedo, aí vem meu sábado, ou seja, o dia de folga
e.... eu costumo acordar num horário intermediário entre o prazer e a culpa
(sim, essa dicotomia me aterroriza, pois se você dorme demais – até meio dia –
há o prazer do repouso, por outro lado existe a culpa de ter desperdiçado
praticamente metade do seu dia de folga), portanto, entre 9 e 10 horas da manhã
e isso é maravilhoso, quiçá a melhor parte do dia, mas aí vem a parte delicada
novamente.
Como nesse regime de plantão
geralmente as folgas são no meio da semana, as pessoas normais, diaristas e
felizes da vida estão trabalhando o que impede qualquer tipo de programação
matutina ou vespertina, restando-me somente a noite e diferente da Tiê “[...] quando
chega a noite” eu consigo dormir, ou melhor, eu sou obrigado a dormir, se não
por vontade, por antecipação da culpa em função do sono do dia seguinte, portanto, eu
durmo (teoricamente) cedo o que me impossibilita qualquer tipo de programação
tardia.
Resumindo, quando eu saio do
plantão eu tenho disponibilidade de tempo e vontade, mas geralmente o corpo não
acompanha a empolgação, e no meu dia de folga que estou descansado (não que meu
trabalho seja árduo assim) e sem sono não posso sair porque minha consciência
do dia seguinte me impede, meu superego geralmente me mantém na linha.
Após essa explicação acerca da
rotina de um plantonista eu te digo: E a vida social fica onde? Fica entre às
19 e 23 diariamente o que seria suficiente analisando friamente, afinal 4 horas
separadas para a vida por dia parece até saudável (1/6 do dia), massss aí vem
academia, dança, inglês, viagens para a casa dos pais e por mim tudo bem,
afinal “[...] são minhas escolhas
Harry”, mas tratando-se de compromissos com instrução e manutenção pessoal,
concluo que a vida social é
prejudicada.
Então cá estou tentando me adaptar e equilibrar essa rotina com a modalidade de viver em sociedade, interagindo
com pessoas nas horas de folga, embora eu tenha burlado o sistema e sanado essa
necessidade durante os compromissos, porque definitivamente tá difícil esse tal de horário livre,
mas “[...] enquanto houver saúde e você do outro lado aqui do outro eu consigo
me orientar” (TM), né? É! E não vou nem reclamar, pois as 24 horas são as
mesmas para todos nós, logo minha administração que é falha, mas vou tentar
acertar o ponto de doce da minha limonada afinal A VIDA É ESSA COISA BONITA QUE
VOCÊ TÁ VENDO!
Algo para contar |
Nenhum comentário:
Postar um comentário